sexta-feira, 8 de maio de 2009

alguém por favor me mate e me dê a luz.

"Porque caímos? Para podermos aprender a nos levantar". Maldita frase feita só para fazer eu me sentir ainda mais fraca. E se eu não quiser levantar? E se eu não tiver forças? E se eu não tiver ninguém para me salvar de mim mesma...
O pior inimigo é aquele que é igual a você, o mundo é feito em ying yang para haver equilíbrio: "as forças do bem contra o mal", "filmes em preto e branco", "sorriso e lágrima separados apenas pelo nariz". Mas o que eu quero saber é como voltamos a nos estabilizar? Porque um lado pesa mais que o outro em certas situações não deixando nós pensarmos, agirmos e vivermos...
Eu estou cansada... Cansada de lutar e morrer na praia, cansada de sorrir quando não quero, cansada de fingir que está tudo bem enquanto eu mesma me engano jogando tudo para debaixo do tapede.
Minha cabeça é minha pior inimiga, não preciso de ninguém para falar que se eu continuar assim vou ficar sozinha para sempre...
O grande problema é que me acostumei a ficar à margem da minha própria vida. Parece que tudo que vivi até agora não passou de um sonho e agora vivo essa realidade que faz questão de me fazer cair e que cada vez que tento me levantar, eu caio de novo. Só sei que me perdi...
Viver em sincretismo é estranho, enquanto escrevo palavras tristes penso em coisas boas como o quanto isso vai me engrandecer ou que tais desventuras fazem parte da vida, ocilações perfeitas em 1,618 do divino.
Só que às vezes eu esqueço de me salvar... Esqueço porque respiro, porque estou sozinha, porque dou tantos custos aos meus pais e etc.
Mas deve fazer parte do Sol na casa 12 que tenho, eu sou meu próprio "O médico e o monstro", ao mesmo tempo que me curo me firo com a mesma intensidade. Talvez seja meu ying yang perceptível, pois ser geminiana, introspectiva e romântica é uma merda.
Vejo dentro de mim a velha chata que me manda estudar até dormir para conseguir uma bolsa na faculdade, a jovem sozinha que se sente incapaz de atender às exigências da velha e a menina que vê tudo cor-de-rosa, mas não é valente o suficiente para tirar as lentes e colorir, ela prória, o seu quadro em branco.
Foi uma metáfora, deu para entender?
É, eu sei, às vezes eu também não me entendo, basta me dar uma folha e um lápis para que eu preencha cada espaço com frases, orações e períodos de meu sincretismo eloquente.
Estar bem é finito e estar mal também, só temos que ter paciência e força para mudar ou esperar a maré baixar.

Mas ainda me pergunto
Se um dia vou encontrar
"Alguém que me mate
E me dê a luz cada dia"
Como num conto que projeto
Meu verdadeiro "eu"
No qual eu adoro rimar...
E consequentemente
Me machucar.

4 comentários:

  1. "a menina que vê tudo cor-de-rosa, mas não é valente o suficiente para tirar as lentes e colorir, ela prória, o seu quadro em branco."

    É valente sim.
    Uau, que texto, hein?! Você conseguiu passar o que sente pra mim. Veja só que maravilha: um texto que transmite emoção!
    Parabéns!
    O que posso dizer como colega de faculdade: Já passei por sentimentos equivalentes ao seus, mas eu me levantei SEMPRE! Eu sei que sou uma guerreira. E de cada lágrima, cada suspiro e CADA calafrio, eu faço uma lição. E depois de feita a lição eu vou brincar. Não é assim?! Há tantas coisas que eu poderia dizer aqui. Mas prefiro conversar pessoalmente.
    O texto realmente mexeu comigo.

    besitoS
    ;**

    ResponderExcluir
  2. "Quem vive a pensar,
    morre pensando em viver..."


    Quando é que se percebe qual dos dois vale mais a pena?

    ResponderExcluir
  3. do not mourn for the past,
    worry about the future,
    or anticipate troubles, but live,
    in the present moment wisely & earnestly.
    [Buddha]

    ResponderExcluir
  4. "O grande problema é que me acostumei a ficar à margem da minha própria vida"
    Essa frase me lembra um filme do qual nós duas gostamos. O fato de ser necessário agir como a atriz principal e não como a melhor amiga no filme que é nossa vida. Escolhas são o nosso papel. Escolher se queremos ir por um caminho alternativo, experimentar coisas que ninguém nunca tentou.

    ResponderExcluir