terça-feira, 21 de julho de 2009

como não poderia ser diferente...

Uma amiga agora pouco me apresentou um divertido jogo que se trata de responder uma série de perguntas utilizando-se de letras de música do seu(a) cantor(a) ou banda favorita. E como não poderia ser diferente: Laís = The Beatles. Na verdade iria responder com as letras das músicas de Jeff Buckley, pois estava o escutando quando li o convite, mas como meu humor (hoje) não está suicida, Beatles foi minha primeira opção camuflada. =) Então lá vai...

1. Você é homem ou mulher?
“I once had a girl, or should I say, she once had me...”
“Uma vez eu tive uma garota, ou melhor, ela um dia me teve”
(Norwegian Wood)

2. Descreva-se.
"Told you about strawberry fields
You know the place where nothing is real
Well here's another place you can go
Where everything flows.
Looking through the bent backed tulips
To see how the other half live
Looking through a glass onion”
“Eu te falei sobre campos de morangos
Você conhece o lugar onde nada é real
Bem, existe um outro lugar que você pode ir
Onde tudo flui
Olhando pela tulipa entortada pra trás
Para ver como a outra metade vive
Olhando através da cebola de vidro”
(Glass Onion)

3. O que acham de você?
“Oh ain’t she sweet?”
“Oh ela não é fofa?”
(Ain’t She Sweet)

4. Como descreve seu atual relacionamento?
“I'm so tired, I haven't slept a wink
I'm so tired, my mind is on the blink”
“Estou tão cansada, eu não tenho dormido por um instante
Estou tão cansada, minha mente está enguiçada”
(I’m So Tired)

5. Como descreve o atual de sua relação?
“Nowhere man, don't worry,
Take your time, don't hurry”
“Homem de lugar nenhum, não se preocupe,
Tenha seu tempo, não corra”
(Nowhere Man)

6. Onde você queria estar agora?
“Roll up.
And that's an invitation.
Roll up for the Mystery Tour.
Roll up.
To make a reservation.
Roll up for the Mystery Tour”
“Role
Isto é um convite
Role para a turnê misteriosa
Role
Para fazer uma reserva
Role para a turnê misteriosa”
(Magical Mystery Tour)

7. O que você pensa a respeito do amor?
“Love is old, love is new
Love is all, love is you”
“Amor é velho, amor é novo
Amor é tudo, amor é você”
(Because)

8. Como é a sua vida?
“Little darling, it's been a long cold lonely winter
Little darling, it feels like years since it's been here
Here comes the sun, here comes the sun
And I say it's all right”
“Meu bem,
Foi um inverno solitário, frio e longo
Meu bem, parecem fazer anos desde que ele esteve aqui
pela última vez
Lá vem o sol, lá vem o sol e eu digo que
Está tudo bem”
(Here Comes The Sun)

9. O que pediria se tivesse um só desejo?
“All of my life I've been searching
Who'll love me like I love you”
“Toda a minha vida
Eu estive procurando alguém
Para me amar como eu amo você”
(Anna – Go To Him)

10. Escreva uma frase sábia. (?)
“Living is easy with eyes closed”
“Viver é fácil com os olhos fechados”
(Strawberry Fields Forever)

parte um que na verdade é a dois (continuação).

Olá caros leitores,
cá estou eu de novo a 39 mil metros de altura nesse momento sobrevoando o Uruguai para relatar e contar minhas histórias e acontecimentos dessa viagem.
Como publiquei no post anterior era de minha intenção escrever todos os dias, mas a distância do locutório ao hotel era grande, o fato deles fecharem às 21hs, os dias cheios de passeios e a preguiça, não escrevi... Pois é... Meu pecado: a preguiça e nessa viagem, a gula. Engordei um quilo e meio, sério mesmo (que tipo de garota admitiria que engordou?? só eu mesmo... bem, já foi, deixa para lá ¬¬’’).


Bem, combo de 2 horas e meia!
Como meu outro mal é o tédio e não tenho mais nada para fazer nesse cubículo vou escrever um combo desses seis dias que passei em Buenos Aires e aproveitando também para informar que esse surto de gripe suína está sendo controlado por ambos os países, outra coisa também é que a cidade não está sitiada por pessoas andando em plazas e museus de máscara (tudo bem... uma ou outra, a maioria de “turistas radicais” como minha irmã diria) e que cartazes estão espalhados pelas ruas lembrando para lavarmos bem as mãos e se espirrarmos ou tossirmos cobrir o rosto para as bactérias não se espalharem. Só. O pessoal não está louco achando que é o apocalipse que se respira, só estão se cuidando e se prevenindo.
Tudo bem... ^^


Ok, passadas as informações que minha mãe fez questão de lembrar-me para acalmar familiares e amigos, vamos ao que interessa:
Mi Buenos Aires querido!
Vou sentir falta dos 11°C, das praças a cada esquina, do clima europeu, das janelas (sério, é o most dos most’s de Buenos Aires, se forem reparem), dos meninos calientes e hipnotizantes com seus sotaques e cabelos legais, das meninas fashion, e das senhoras chiques e endinheiradas da Recoleta, vou sentir falta dos passeios à noite com um frio de rachar e lojas de marca na Avenida Alvear, do sorvete num clima de 12°C, dos museus, cafés e livrarias que daria de tudo para ter iguais no Rio, das maravilhosas Empanadas (é tipo um pastel de forno só que bem melhor), de passear no aeroporto (adoro), do cosmopolismo da cidade e muitas outras coisas.

Quarta-feira
(Miércoles)

Chegamos no hotel umas cinco da tarde e fomos logo passear pelo bairro da Recoleta onde era o hotel, deixamos as malas lá e fomos.
Passeamos pelo Buenos Aires Design, pelo Centro Cultural da Recoleta (recomendo), caminhamos pela Av. Alvear (para os portenhos: Av. Miranda - usted mira e anda): Fendi, Ralph Lauren, Luis Vuitton, Cartier, Yves Saint Laurent, Carolina Herrera, Chanel, Lacoste... (modesto né?)
Um tempo depois demos uma olhada no guia para termos uma opção onde comer e notamos o café La Biela, famoso ali na Recoleta, tá bom, sentamos-nos e pedimos cada uma de nós um capuccino e uma medialuna (um raio de um croissant disfarçado só para extorquir turistas). É lindo! Clima europeu, pessoal bacana, conversa vai conversa vem e pedimos a conta (la dolorosa). SURPRESA!
O garçom retira o cupom fiscal do porta guardanapos como mágica (nenhuma de nós tinha visto ele por lá) e isso não foi tudo... Tchan tchan tchan tchan! 63,50 pesos! 63,50 pesos foi o que custou esse chá das cinco super inflacionado, tudo bem que tem a conversão, mas Dios Mio... 0.O Vale lembrar também minhas desventuras com o meu espanhol arranhadérrimo. Falava mais italiano e inglês do que o próprio portunhol (morri de vergonha, eu os entendia, mas para me fazer expressar...).
Frio bom acompanhado pelo bom e velho fog que amo, choveu um pouco, mas nada que pudesse arruinar algum passeio.
O que mais me chamou a atenção no dia: o como eu fiquei irritada com o péssimo serviço quando cheguei ao aeroporto por pessoas meio frias e indiferentes e depois amor à segunda vista após as boas vindas depois da alfândega e coisa e tal; o quanto eu adorei o Duty Free; as janelas do chão ao teto como se fossem todas varandas com seus lustres e pessoas lendo à meia luz; do frio; da calmaria e a vontade de morar lá logo no primeiro dia.

Quinta-feira
(Jueves)

City Tour! Passeamos pela cidade: Plaza de Mayo (onde tivemos 30 minutos para tirar fotos da Casa Rosada, da Catedral Metropolitana, da própria Praça de Maio e arredores do Buenos Aires antigo) foi engraçado três brasileiras correndo de um lado para o outro para tirar logo a foto, pois tínhamos pouco tempo. ^^
Depois lembro que fomos no bairro de La Boca visitar o La Bombonera (muito maneiro o estádio, temos que admitir), gritamos “Viva Pelé!” para os Boca Juniors e tiramos foto ao lado de Maradona e cia.
Ali perto era o Caminito, uma rua muito fofa de casas pintadas com restos de tintas de barcos, shows de tango no paralepípedo, mostras de arte portenha pela rua, pessoas simpáticas que tiram foto de você no restaurante mesmo com você não comendo lá e bugigangas e souvenirs para turistas amantes de Mafalda, cultura pop e Che Guevara. La Boca... Hum... Andamos de ônibus por San Telmo e Puerto Madero e acho que só...
No final nos deixaram no Cemitério da Recoleta que era pertinho do hotel. Cemitério da Recoleta, gostei de lá, era para ser triste, mas sua áurea tão gótica, macabra, fria e misteriosa me encantou. Pude imaginar diversas tramas que se passaram, passam e poderiam passar ali, histórias e roteiros que minha mente realmente viajou. É feito um labirinto de mausoléus imponentes, simples, com flores e sem flores, queridos e abandonados... Nossa... Quisera eu que a mente humana tivesse entrada USB, imprimiria umas duas histórias só de ficar ali parada escutando o som do silêncio segundo Simon & Garfunkel.
Bem... Depois, acho que fomos para o hotel pegar outra memória de 1GB para a câmera (é, um dia e já tinha acabado 1GB).

continua

quarta-feira, 15 de julho de 2009

texto na íntegra que na verdade eu ia descartar, mas desisti.

Olá caros leitores,
cá estou às... 11:31 da manha indo para o sul a nao sei quantos mil metros de altitude. É, vos falo de um aviao (bem... nao agora já que estou escrevendo algumas horas depois), mas como estou escrevendo, é, é agora.
Buenos Aires! Lá vou eu! Mandei para Bagdá a crise mundial, a gripe suína e a chuva no Rio (que por sinal me assustou mais do que esses dois itens anteriores) e fui. A oportunidade era única e como eu adoro uma viajem, fui mesmo, mesmo com meio mundo indo de encontro. Estamos nos cuidadndo claro (eu, minha mae e irma), fiquem tranquilos, mas ja sabem se eu nao aparecer daqui para frente, eu morri. hahahahhahahaha To brincando, estava precisando de um humor ácido.
E por falar em humor ácido, o dia foi cruelmente engracado. Comecou que só consegui dormir lá para às duas horas por insônia (de novo), acordei atrasada (de novo) e aí... Estava chovendo. Ótimo! Já tenho uma pontinha de medo (pontinha) de aviao, tá... Chovendo, eu pensei... Lembrei de todos os filmes (que nao deveria ter visto) sobre tempestades e consequentes quedas de aviao, ou o Air France, ou Lost, apesar de eu nao estar indo para o pacífico. Mesmo assim... Nao é porque eu tenho medo nem nada, mas o problema é quando (pausa dramática) o aviao decola ou como agora no "pausa dramática" que gelei quando houve turbulência. Fora isso! ^^
Comi um sanduíche incrível e ainda por cima estou sentada ao lado de um americano lindo que nem imagina o que eu estou escrevendo aqui do lado e que quando olho para a janela dele, na verdade a minha visao periférica me permite olhar suas bochechas rosa chá e maos grandes.
Bem... Daqui para frente sao mais duas horas de voo que vou preencher ouvindo música no meu celular ou quem sabe ler (o guia ¬¬" só tem eu mesmo para fazer isso) ou dormir ou continuar a olhar a janela... Se é que vocês me entendem... ^^ ahahahhahahah
Chegando em Buenos (já to íntima) mando notícias.

Hasta La Vista

Oi, cheguei e ja tenho que ir embora. To numa Lan House e nao lembro quanto é que é o minuto, mas sei que só tenho mais nove minutos para escrever, entao...
Putz, antes que eu me vá de vez e continue amanha, vale lembrar que é para dispensar os erros ortográficos (to com pressa) e uma curiosidade: na Argentina nao tem a tecla de "til" por isso os sao, nao e manha estao todos sem acento. Fora o cedilha.
Legal né?
Tenho tanta coisa para contar, tantos detalhes, tantas observacoes que minha mae (sem acento) e o tempo nao me deixam, mas amanha eu volto e tento estender o assunto de vez. Ok?

Muchas gracias a todos y buenas noches.

ps: eu acho que está certo. Nao sei nada de espanhol... vergonhoso. ¬¬"

sexta-feira, 10 de julho de 2009

coisas de noites frias.

Noites frias são bacanas porque você pensa coisas que normalmente não pensaria como, por exemplo: agora nesse minuto alguém deve estar fazendo aniversário. Já parou para pensar que todos os dias do ano é pelo menos aniversário de alguém no mundo? Meio louco isso se você parar para pensar...
Também já parou para pensar que a relação do um centavo nos dias de hoje é quase de cumplicidade? Se algo custa 99 centavos o moço do caixa sabe que você sabe que vai dar um real e não vai receber troco mesmo com os dois sabendo que sabem que o um centavo ainda é troco apesar de isso fazer parte da rotina: o moço se fazer de desentendido lhe entregando somente o cupom fiscal e você de morta ao receber e não fazer nenhuma objeção.
Outra coisa engraçada que não percebemos no dia-a-dia é que sempre achamos que o dia está nublado demais, triste demais, para baixo demais, com rotina e tudo mais, mas nos esquecemos de olhar para cima! Oras... Se as pessoas só olham para o chão é claro que só vão ver o quanto tudo é cinza e sujo, claro, é o chão de uma cidade de terceiro mundo coberta por seus prédios tapadores de céus azuis. Lembrem-se da próxima vez olhar para cima e ver que entre essa romaria de prédios numa rua movimentada tem algo além, com cor principalmente. (só não se esqueçam de tomar cuidado e não fazer como eu que conseguiu cair numa rua de paralelepípedo e ainda por cima de bota, idiota).
Outra coisa que não paramos para pensar e que só nesse maravilhoso ócio de férias nos permite é: o que será que essas pessoas que às vezes falam sozinhas pelo meio da rua realmente dizem?? Hoje eu parei para escutar uma velha senhora na fila que estava balbuciando algo inaudível, ela dizia assim: "um pão de forma, dois quilos de arroz, três biscoitos, quatro iogurtes..." Eu achei o máximo! Quando notei em sua sacola tinha aquilo mesmo: um pacote de pão de forma, um saco de dois quilos de arroz, os três pacotes de biscoito e aí vai. Geralmente não damos muita importância nessas pessoas muitas vezes humildes, velhinhas e distraídas (como eu) que falam inconscientemente ou não pela rua preciosos fragmentos do que estão realmente pensando. Material bruto do que realmente está se passando na cabeça das pessoas, a maiêutica de Sócrates! (só eu fiquei empolgada?)
Sabe de outro devaneio de noites frias? De uma forma ou de outra o mundo social conspirou uma regra básica de comportamento para todos e que aprendemos desde pequenos: porque temos que dormir quando escurece? Ué, se tivéssemos sido condicionados à sermos animais noturnos todos achariam uma loucura ficar de manhã acordado, né? Biólogos, tudo bem, tem todo um processo evolucionário e habitação dos olhos e tudo mais... Mas quem sabe? Já pararam para pensar nisso?
Outra coisa de noite fria é: já parou para pensar que no mundo agora deve ter alguém se depilando, ou tendo um bebê, morrendo, tirando zero na prova de matemática ou ficando pela primeira vez? É surreal o planeta ser elíptico, é doido sim, a vida humana na Terra acontece 24 horas por dia, 365 dias por ano sem parar, de uma ponta de Tóquio a outra, sem parar! Cazuza estava certo, o tempo não pára e para mim ele não pára porque nunca paramos, logo o tempo só existe se existirmos certo? E do momento que não mais existimos nosso tempo acabou e então essa percepção de tempo que temos sobre tudo desaparecerá junto conosco ao morrermos, será? Surreal.
Nada do que eu disse aqui é válido para um exame de sanidade já que são pensamentos de noites frias, há os pensamentos de viajar-olhando-através-da-janela-do-carro, há também o super famoso fone-no-ouvido-minhoca-na-cabeça e o meu favorito: sonhos.
Não faz mal viajar de vez enquando, só tem que se lembrar de quando estiver indo embora amarrar um barbantinho no tornozelo ou marcar o caminho com pão para pelo menos saber se situar. Não é?
E como eu adoro um "ps" aí vai a saideira.

ps: A foto iria combinar com um texto que iria escrever antes de abrir a janela do meu quarto, se é que me entendem. Divaguei, voei, voltei.

au revoir mon cheries, bonne nuit.

quinta-feira, 9 de julho de 2009

madrugada vermelha.

Agora são exatamente 4:31 da madrugada. Vocês devem estar pensando: o que essa garota está fazendo acordada até agora e ainda tendo inspiração para escrever no blog? Eu lhes digo, na verdade, dormi ontem às oito horas da noite e acordei agora sem sono nenhum, com dor de garganta, assustada por algum pesadelo e com uma sede enorme.
A primeira coisa que fiz foi dar um tempo na cama para ver se o sono voltava (não...), depois percebendo que não iria adiantar de nada, dei mais um tempinho para depois olhar o relógio e ver que horas eram (não sei se estava com medo de ver que ainda era muito cedo para levantar tipo duas horas ou, pior, 3:15 se viram o Exorcismo de Emily Rose) para meu alívio eram 3:40, para falar a verdade nem foi tão alívio assim porque eu estava me sentindo estranha...
Madrugadas sozinha nunca são muito saudáveis para mim, Holly me entenderia se dissesse que talvez essa madrugada seria uma madrugada vermelha, de quando você tem medo e não sabe do quê. Tenho para mim que não foi o pesadelo, geralmente lembro de flashes, a sequência, essas coisas, mas quando levantei não me lembrava de nada.
É super agonizante acordar em alerta e não saber o porque, é como se tivesse acordado da sua própria vida, eu imaginei, a velha história da Matrix que não te diz de verdade quando está sonhando ou não.
É estranho...
Para falar a verdade não é a primeira vez que isso me acontece (não o fato de acordar no meio da madrugada sem sono), me sentir como espectadora da minha vida e trocar sonho por realidade de um jeito meio cruel que faz você se sentir frustrado com aquilo que é real.
Só estou me sentindo estranha.
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