quinta-feira, 24 de setembro de 2009

nostalgia de olhos verdes (imaginem o título em japonês...).

Na última quarta-feira eu emprestei o primeiro mangá de Sakura Card Captors para uma amiga que queria se inserir no mundo otaku, cosplay, hi, itadakimasu e sushi. Devo confessar que a muito tempo não lia todos os 24 mangás da série (e de série nenhuma), não via os 52 episódios que tenho em DVD comprados após rombos no orçamento, não via mais de 5 cd's de vídeos que baixava de sites nos favoritos do Explorer e não ouvia mais de 10 OST's que comprei no Mercado Livre morrendo de medo de ser caloteada de novo como na última vez que comprei uma miniatura da própria. É... Eu sou uma otaku (para os leigos, fã de animes e esse mundo japonês que pára o seu mundo todos os dias às 4:30 da tarde durante alguns anos).
Para falar a verdade, meu vício não começou com Sakura não... Existia na época Cavaleiros do Zodíaco, Sailor Moon, Pokémon (NOSSA... Eu tinha a pokeagenda... ¬¬''), Dragon Ball, entre outros que agora não me recordo. Eu juro de pé junto que me lembro da primeira vez que vi o teaser de SCC no Cartoon Network quando eu estava na 4° ou 5° série... Era de um tom de mistério e suspense envolvendo cartas mágicas, menininhas fofinhas, bichinhos mais ainda e um não sei o quê que me fez parar e dizer: "Tá... Vou ver qual é".

E é aqui que começou a minha revolução, pois eu diria que "sim", minha vida seria completamente diferente do que é agora se eu não tivesse sentado no sofá às 4:30 numa segunda-feira e ligado a TV. Sakura influênciou na minha filosofia de vida ("Vai dar tudo certo"), no meu modo de agir com as pessoas, nos meus sonhos de menina e na minha pré-adolescência inteira. Lembro que tinha um clubinho no quartinho de empregada onde colava todos os posters na parede, guardava minhas revistas (que não eram poucas) em pilhas sob o azulejo e inventava histórias paralelas para a série (os famosos fillers) que me vinham à cabeça. Foi com Sakura que começei a desobedecer a minha mãe (quando saia de casa com 10 anos para comprar mangá na banca e Tic Tac sem ela saber... que feio =), foi com Sakura que cresci como se fosse uma prima querida: quando ela estava com 10, eu tinha 10; quando ela fazia 11 na segunda temporada, eu tinha 11 anos na 5° série, e no último filme quando ela tinha 12, eu tinha 12 (vou contar uma coisa para vocês... acho que só contei isso para uma pessoa e foi ontem ^^ quando eu fiquei pela primeira vez, quando tinha 12 anos, ao chegar em casa da festa, eu assisti ao último filme da série que era o qual ela se declarava finalmente para o seu par romântico, Shoran. hahahhahahaha muito bonitinho, pré-adolescente é um máximo).

O jeito dela me cativou de tal maneira que levo esse estigma até hoje, me identifiquei com o seu medo de histórias de terror (não é que eu mooooooorra de medo, só prefiro não vê-los ^^), com o pai fofo e que faz tudo por ela, da mãe que ela adora incondicionalmente, do irmão mais velho que pega no pé dela, mas que a adora (no meu caso irmã, mais nova, mas pegando no meu pé e me protegendo até mais do que eu me protejo, sim), com o ver o mundo cor-de-rosa, com a ingenuidade, com a preocupação pelos outros que ama e com o modo de se empolgar levantando os braços e sorrindo...

Eu nunca poderei me esquecer das vezes que escutava todos os OST's enquanto estudava para o vestibular, das vezes que eu chorava sempre nos mesmos episódios (o do arco-íris e o final, claro), da vez que eu estava assistindo ao episódio em que o Shoran, sentado num parque, enfim adimite: "Finalmente percebi que... Gosto dela". AH! Gritei muito e
quase tive um ataque do coração. Também não posso me esquecer de como adivinhar o futuro nas cartas Clow (é... eu tenho e faço isso até hoje ¬¬'') que na verdade é um tipo de tarô que influenciou muitas das minha decisões (e posso dizer uma coisa... dá certo! Dá certo mesmo. Posso até ganhar um trocado com: "Mãe Lalá, trago pessoa amada em três dias segundo as cartas Clow") hahahahhahaha
Nossa... Nostálgico. Tem muita, muita coisa mesmo que eu poderia falar ainda aqui, mas que não expressariam o sentimento que eu tenho por essa menininha carismática de olhos verdes. Só tenho a agradecer mesmo, obrigada CLAMP por me proporcionar um Che Guevara na minha vida. (tá. não chega a ser tanto assim... Beatles ou Gandhi ou a queda do muro de Berlim exemplificariam melhor. mentira hahahahaha)

Aiaiai...

Beijos e até a próxima. (imaginem isso também em japonês)

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

da janela.

Isto é uma carta de amor. Achei milhões de outras formas de começar, mas nenhuma delas era essa e quando eu a encontrei, fiz questão de usá-la porque... É isso... Uma carta de amor.
Suas mãos estão tremendo... Não fique aflita, por favor. Sei como teu rosto fica quando está com o coração apertado, sei disso das inúmeras vezes que te vi olhar a lua de madrugada no domingo, provavelmente pensando nas poucas horas que ainda restavam para o dia amanhecer e você nem ter dormido, por isso, te aconselho sentar no chão, pois não quero ser o estopim de teus prantos que levaram-te a cair de exaustão como a notícia daquele dia...
Mas agora sorria, coisa que faz tão bem como um dom que se recebe ao nascer dando "Bom dia" para o sol que acaba de acordar assim como você.
Oi... Você não me conhece, mas eu conheço você por gestos, manias e dias que passo afinco olhando pela janela do meu quarto você me esvaziar e me preencher de Você. Dá para ver que eu não tenho nenhuma experiência nisso, afinal só faz quatro meses de alguém que sempre começa a pentear o cabelo pelo lado direito, que mordica a unha do dedo mindinho quando está pensando, que escova os dentes olhando o movimento e que dança no quarto com as janelas fechadas crendo que é só vista por ela mesma refletida no insulfilm quando menos espera que ali do outro lado há alguém que também não consegue dormir.
É... Eu te vi pela primeira vez numa tarde chuvosa quando meu humor não estava nos melhores dias assim como o tempo, cheguei no meu quarto irritado com o mundo devido a um motivo que agora não me lembro, pois você estava ali... O cabelos molhados pelo vento aguado que soprava, as costas envergadas para trás circundando com a cintura o parapeito da janela, os braços abertos para baixo e uma expressão não muito convincente de felicidade no rosto respingado, e foi aí... Nesse mesmo momento, nessa exata parte que te adoro desde que te vi... Adoro o fato de se esquecer que o insulfilm está colocado ao contrário e fazer caretas para si mesma no reflexo do vidro quando está entediada, adoro o fato não conseguir dormir no total escuro sempre deixando o abajur aceso todas as noites, adoro suas estrelas de cinco pontas e corações deformados no bafo do frio que faz no inverno, adoro o fato de comer uvas no fim de tarde e à surdina jogar no quintal abaixo as sementes, adoro aqueles dias que de janela fechada nós dois nos olhamos olhos nos olhos: você me olhando, mas não me vendo e eu te vendo, mas não me encontrando.
Isso era para ser uma carta de amor com poesias e flores, bombons e serenatas, mas acabou que veio isso mesmo... A expressão sincera e encantada de um dia encontrar você para que eu possa saber o seu nome e você o meu que eu esquecerei assim que me disser o seu, pois com você fico sem palavras. No momento estou escrevendo na sala só para não voltar olhar pela janela você escrevendo no computador coisas que prefiro não imaginar para não parar de escrever essa carta e enlouquecer.
Queria te conhecer mais do que rodopios de madrugada ao som de Beirut, mais do que as maçãs que come de café da manhã, mais do que os choros escondidos no quadrado da imensidão se refugiando à estrelas, lua e também a mim. Queria ouvir a sua voz, queria poder chamar teu nome e você virar para mim e sorrir lentamente como sempre faz quando algo é importante, que vai crescendo dentro de ti e explodindo no final com tanta luz que precisa fechar os olhos para dar espaço a um grande sorriso.
Bem... É isso. Acho que exagerei um pouco não é? Vou parar por aqui para você não achar que eu sou um maníaco, mas só te peço uma última coisa...
Da próxima vez que abrir a janela e olhar... Me veja.

O garoto pára com a mão latejando em frente do papel semi-amassado, respira fundo e conclui que é isso aí, era agora, era hoje. Caminhando pelo corredor, ele faz um avião com o papel que tinha acabado de manchar de tinta, abre a janela de seu quarto e encara uma janela aberta na sua frente aberta só que com nenhum indício que alguém estivesse nele. Ele então passa os dedos pelo cabelo empurrando-os para trás e puxando uma grande quantidade de ar em sincronia com o primeiro movimento, ele observa o avião branco na sua mão direita, inclina-se para trás e o joga no vão que os separavam. O avião plaina numa linha de vento em direção ao quarto dela quando de repente... O avião vacila rodopiando em círculos em direção ao chão assim como o coração do garoto sem palavras.

domingo, 20 de setembro de 2009

é... vai ser hoje mesmo...

Há muito tempo venho pensado de postar ou não isso aqui... Shakespeare estava certo: "postar ou não postar, eis a questão". Vi, revi e vi tudo de novo na minha cabeça durante toda essa manhã e tarde de domingo sem graça; lá havia vergonha, timidez, muito mais vergonha e uma pontinha de insegurança... É... Vai ser hoje gente.

Bem, pelo menos consegui atrair a sua atenção para ler estas palavras, instiguei a sua mente a pensar: "Mas do que é que ela tá falando??", bom, pelo menos isso.
Devo primeiramente falar que estou aberta a críticas, sugestões e opiniões sobre o que vou colocar, vai ser importante para mim saber qual impacto que isso trouxe na sua primeira impressão.
Segundo... Ai to morrendo de vergonha... Postergaria isso aqui até mais no final, mas é que hoje vi uma coisa que me levou a fazer este post: A grande final começa no dia 24 de setembro! Quinta! Putz.
Ai meu Deus. Lá vai.

Não consigo mais falar, aí vai o link: http://www.celucine.com.br/memoria_etapa12009.php

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

ai que frustração a minha...

Que frustração a minha... Mas que raios de escritora eu sou afinal? Nem consigo desenvolver um tema que estou pensando há dias e agora que arranjo tempo, puf! Nada sai...
Queria escrever algo significativo ao menos para mim, mas já vi que não vai ser possível... Se eu escrever algo sobre filmes vão achar que eu só falo disso ou se eu contar como foi o meu dia de hoje vai ser muito monótono até porque não fiz nada de especial, se eu colocar uma poesia triste vou estar mentindo porque eu estou bem, sabe? Não me sinto triste, apenas frustrada e chateada por constatar que sou uma daquelas pessoas que só consegue escrever quando há o emocional influindo... Caramba... Será que é esse mesmo o meu fim?? Escrever tipo redações que me indicam um tema e com ele desenvolvo? Onde está a minha época que o melhor tema era o tema livre, hoje isso seria uma extrema dificuldade para mim porque eu perdi o meu talento (se é que algum dia eu tive um).
Ai meu Deus... Eu não tenho mais nenhum!! Minha família vai me deserdar, meus amigos não vão mais pedir para que eu escreva redações em inglês para ajudar no curso, meu blog vai ficar às moscas e minha idéias que ainda não concretizei em papel vão secar e murchar como a minha orquídea aqui do lado que faz tempo que não recebe uma água...
Será? (...)
Do que eu vou viver? No que eu vou pensar a noite? Hoje eu tentei criar um videoclipe para uma música que eu estava escutando no ônibus e só consegui acompanhar a letra da música, caramba! Nem a melodia me chamou a atenção! ai ai ai ai (movimentos para frente e para trás como uma louca na cadeira na frente do computador). To me sentindo sem inspiração para escrever sobre qualquer coisa com conteúdo, apesar de eu estar jóia! Não estou vazia... Aliás... (lâmpadazinha acende a cima de minha cabeça e eu fito com os olhos semi-cerrados uma foto na minha frente estilo Sherlock). Estou muito ocupada com o meu real! Eureka!
Claro! Estou preocupada com os seminários, trabalhos e provas da faculdade; correndo de um lado para o outro do Rio para resolver problemas de viagem; acontecimentos atrás de acontecimentos (não necessariamente ruíns); ajudando e me preocupando com uma penca de amigos e família; pensamentos sobre alguém real que só consigo fantasiar e reviver o que já aconteceu (para a minha maior frustração. cara... isso nunca me aconteceu: bloqueio sentimental misturado com um certo alguém 0.o) e fora outras insônias, falta de filmes (decorrente pela falta de tempo que me deixa realmente me sentindo vazia) e também o cansaço...
É... Putz... To cansada apesar de não ter sono, é só uma gigantesca vontade de não fazer nada e ficar na frente da tv assistindo a clássicos (só e somente clássicos para preencher esse meu vazio existencial sem motivo no qual eu me encontro no momento, apesar de eu estar bem, repito, estranhão, to bem, mas hajo comigo mesma como se estivesse mal, é o hábito.... que horror).
Que idiota. Acabei escrevendo pra caramba coisas que estavam passando na minha mente e eu dizendo que não tinha nada para escrever... HA HA HA ¬¬'' Que drama Laís, vou deixar de propósito o texto na íntegra só para vocês verem que eu acabei me atropelando em dramas súbitos e voltas de ânimo. Preciso cuidar disso... =S To muito estranha... Talvez sejam as novidades e iminêcia de felicidade após o arco-íris que me desacostumei... Talvez eu esteja tentando me puxar para baixo de novo sempre quando as coisas começam a ir bem por defesa, traumas passados ou sei lá... Aliás, acho melhor ir parando por aqui, senão vou de frustração -> dramalhão -> felicidade -> psicótica -> e tristeza de novo. Pára , pára, vai assustar as pessoas...

^^

Bem... Aqui eu me despeço, queridos leitores corajosos, que se aventuram a ler essas minhas coisas nada a ver. Não leve a sério... A mente humana não é uma coisa para ser levada a sério (principalmente a parte esquerda dela, segundo a Bu, se estiver errado a culpa é dela hahahahhaha).
Bem... Pela segunda vez e última,
au revoir.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

dando uma de JPC aproveitando que hoje é terça.

Só uma garota de cabelos balançados pelo vento, escutando Sigur Rós e escrevendo num caderno coisas que ela tenta em vão tampar para que as pessoas ao seu lado não vejam o que escreveu. Eles devem estar pensando "O que será que ela tem?" e eu respondo em silêncio "Olha... Eu também não sei". Tentei o Odeon, fui também para a rua de paralelepípedo que vende discos antigos e camisetas legais, olhei a nova fachada do Municipal, senti calor e andei. Andei, na verdade, não sabendo bem ao certo onde estava indo e num certo momento da minha caminhada solitária, me vi pagando 0,60 centavos à um moço e me sentando em seguida num banco de madeira, senti o motor ronronar enquanto o vento sacudia o meu cabelo incomodando um turista que praticamente se debruçava no meu lado para filmar a paisagem.
É alto... E calmo também, tô no bondinho de Santa Teresa me perguntando pela terceira vez que raios mesmo eu estou fazendo aqui? O fato é que não estou afim de escrever algo triste embora meu humor esteja tendênciando para esse lado, estou justamente aqui para... "fugir" parece fraco dizer, está mais para desanuviar, para parar de pensar em negrito, itálico e sublinhado.
Das últimas vezes que tentei desanuviar fui andando de Botafogo até Copacabana passando por túneis, praia, avenidas e só parando porque meu pé direito começou a sangrar no chinelo ou das vezes que pego um ônibus qualquer e vou até o ponto final e volto para o mesmo lugar ou quando ando à ermo e me vejo na subida do Alto da Boa Vista com insolação...

Dessa vez resolvi ir ao centro, escutar MP3 e ver se tinha algum filme no Odeon, uma peça no CCBB ou algo desse tipo, mas estava tão distraída e submersa que me vi virando a esquerda e me sentando nesse bondinho que me levou para esse passeio nada a ver, só que na verdade bem terapêutico. Agora já sabem que quando eu não estiver bem posso estar caminhando na praia com os pés sangrando ou dando uma de turista na própria cidade.

Aqui em cima está calmo e quente, há muitas pessoas no bondinho umas até se pendurando para não cair, moradores e turistas portugueses, gente que olha os outros escreverem descaradamente e outros absortos em música e imagem. Da última vez que vim aqui lembro que foi bem legal, passei por um monte de lugares que tinha passado antes e me lembrei de histórias que aconteceram, mas enquanto o sorriso me acompanhava na ida e na volta quando cheguei em casa dormi de tanto chorar.

Para falar a verdade acho que vai ser um pouco hipocrisia quando eu escrever esse depoimento no blog porque já estou me sentindo melhor, bem melhor apesar de eu não estar aproveitando do modo como eu imaginava, mas tô bem, precisava mesmo ficar um pouco longe de mim, de todos para não parecer erroneamente chata ou mal humorada, só estou melancólica, aliás, estava, pois essas coisas comigo acontecem muito, posso estar dando saltos de alegria num dia e aí apenas um detalhezinho que na hora nem percebo Maysa canta comigo: "Meu mundo caiu", não que tais sentimentos vão e voltam superbem como uma vez vieram, só que quando estou bem simplesmente minha imunidade à depressão está alta. É como numa metáfora que quando não como, não tem luz do sol, quando há época de epidemia ou não me cuido bem, vem essa doença...

Mas isso não era nada que eu queria dizer, chega de posts fúnebres e mórbidos, deixa eles para quando estiverem ao vivo ali na hora, o agora não vai ser o mesmo que daqui a pouco, eu simplesmente sei.

Viu? Só de pôr para fora a planta da questão já estou melhor, melhor que ontem, que anteontem, mas a parada é não saber o dia de amanhã que pode ser pior ou melhor do que você já foi e será, é apenas seguir esses seus trilhos que fazem barulho e se calam dependendo do momento.

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Música da Semana: "Untitled#8" - Sigur Rós