quinta-feira, 26 de agosto de 2010

a novela vaga de julieta que olha para cima.

assobiei para te chamar
não me ouviu,
tive que esperar
a vontade em meus olhos que cresce com o soprar
mais alto e mais lento
de um velho juramento
entre nós
como no filme de Godard
acossado sem sentimento
com medo de voltar.

quatro coisas eu sei dela,
enquanto espero,
penso em defeitos e acertos
daquela que canta em solfejos
pois não sabe assobiar,
da segunda já nem ligo
pois avisto,
sim é ela,
que espera na janela
o velho soprar de vento
que toda madrugada burbura juras
em seus ouvidos para não chorar,
mas ainda não entendo
se vive a vida ao relento
porque,
porque não pode me amar?

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