domingo, 28 de junho de 2009

Trilogia FDS (2)

Sábado
Capítulo de hoje:
“Vem que depois eu te explico”.

Não dá um friozinho na barriga quando alguém fala para você: “Vem que depois eu te explico”? É, foi isso que aconteceu nesse sábado mais ou menos às dez e quinze da noite, quando eu de pijama, deitada no sofá, comendo salgadinho japonês e prestes a encerrar minha noite badalada com um filme que provavelmente teria visto mais do que comi arroz na minha vida, o telefone toca. Era a minha amiga Fran falando que tinha uma festa numa boate no Leblon, aniversário de uma amiga nossa. Eu falei “ah legal, quando?”, aí ela “daqui a 45 minutos, se arruma”. Estava horrorozinha, de pijama, comendo salgadinho, me preparando para dormir e acordar cedo amanhã para um almoço em família quando me vem aqueles insights de “po, dezenove anos na cara e nunca foi a uma boate, ou pára de ser tão boa filha e vai aproveitar sua idade, ou caramba, amanhã tenho que acordar cedo, ou como vou voltar, ou putz, só tenho dez reais na carteira”, e como minha ilustre amiga tem um poder de persuasão incrível, mandei tudo para Bagdá e mandei um “tá bom, já to me arrumando”.
Adoro fazer coisas meio irracionais e inconsequentes às vezes, coisas que nem paro para pensar se vou gostar, se minhas paranóias vão deixar eu me divertir, mas dessa vez foi diferente, estava realmente com vontade de ir e aproveitar... Me dedico tanto ano todo, sempre tão cautelosa, cheia de minhocas na cabeça, afinal, que mal faria uma noite para dançar e rir com uma amiga, não é? Fui. Queríamos, na verdade, chegar lá antes das onze para entrar de graça, mas ficamos na fila e enfim... Lá se vão vinte reais (a graçinha da minha irmã tinha me emprestado mais vinte e foi com ele que eu paguei, ufa), mas pelo menos tínhamos vinte reais de consumação que gastei em uma sukita de 4,50; uma cerveja de 4,90 e mais um espetinho de frango (pasmem) de 7,90!
Paciência.
Só sei que me diverti, o lugar era dividido em dois ambientes diferentes: um tocando música ao vivo de clássicos de Cazuza, Cássia Eller, Lulu Santos e Legião, e em cima a boate propriamente dita com música eletrônica e funk, na qual confesso que fiquei pouco, gostei de cantar e dançar pra lá e pra cá músicas que adoro ao som de um violão.
É bom, né? Superar paranóias de que você cria e nem sabe de onde, cantar, rir, dançar, não saber se o dinheiro vai dar, se acabar, só para variar... (rs)
A noite terminou lá para as três e meia quando fui dormir na Fran e para isso pegamos um táxi eu, ela e a irmã dela quando dinheiro não deu. Só tinha oito e elas 14 acho... Pegamos em casa quando chegamos, claro. Pus um pijama delas mesmo, escovei meus dentes com o dedo e um filete de pasta de dente, lavei meu pé (com calos; eles me lembraram) e puf! Fui dormir, porque amanhã tinha mais, muito mais.

3 comentários:

  1. Animador, não é?!
    Lembrei de uma vez que cheguei em casa 5h da manhã e apenas caí na cama.
    Dormi feito um anjo. Noites assim são muito boas!

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  2. HAHAHAHAHA... to pasma!!! o espetinho de frango na balada foi o o melhor!!!!! huahauhauahuahuahuahuahauhauhauhaua......

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  3. hahaha!

    Engraçado!

    ë bom fazer coisas diferentes e inesperadas.. senão fica tudo muito certinho e planejado..


    hahah

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