segunda-feira, 1 de junho de 2009

paranóicos de todos os países, uni-vos!

Sabe uma coisa que me irrita? O capitalismo. Não que eu seja comunista ou uma daquelas pessoas que estudam numa faculdade particular e organizam greves só porque é cool. (filho... ¬¬)
Não... Mas é que este sistema está tão enraizado em nós que não conseguimos nos libertar e fazer uma revolução. Outra coisa, quando falam de “revolução” vem logo um dizendo que “ó, lá vai o rebelde sem causa”, e aí é que está! Pelo que lutamos nos dias de hoje? O capitalismo nos seda de tal forma que no momento que pensamos em revolução, ele atua dizendo: “Ah... Não quer mais essa ditadura do capital? Então tá... Eu levo embora o perfume Yves Saint Laurent, o último filme do Sean Penn e o cd do Sgt. Peppers... Ok então”.
Viu? É difícil... Poderá adaptar isso ao último vídeo game lançado, ao programa de TV que gosta ou a sobremesa que custa mais que um PF normal. Há sempre a praga do capetalismo nos induzindo e manipulando por coisas fúteis e desnecessariamente necessárias.
Como se libertar? Eis a questão. Há pontos positivos e negativos, é claro: a igualdade no comunismo e conseqüente falta de identidade, a identidade no capitalismo e conseqüente desigualdade... Putz. O que escolher? Não é justo enquanto há um proletariado que trabalha 12 horas por dia e não ganha nem um oitavo de um patrão que trabalha apenas quatro. O poder está nas mãos da infra-estrutura que manipula a superestrutura agindo como bem quer ao novo filho de Rosemary: o mercado.
O que eu fiz então? Bem, vou fazer cinema! Mas não, espere... Vou morrer de fome porque o país quase não investe nessa área e também há a internet que se baixam os filmes... Já sei! Vou ser escritora! Não... Detesto o fato dos livros serem caros e cada vez menos gente lê... Ah! Publicitária! Putz... Detesto aquele tipo de publicidade “compro ouro” que só faz sujar mais as ruas. Mas há os empregos.
Droga. ¬¬’’
A grande parada é não se deixar alienar ao sistema; segui-lo só se para você for o ideal de ideal; ir de encontro se não concordar e tiver uma alternativa mais... Quem sabe, justa (?) (é? para quem?...); ser malandro e enganá-lo (reciclando o próprio produto capitalista, consumindo-o indiretamente, se renovando e renovando esse planeta) ou estúpido e se enganar (trazendo mais entulho, bagulho e barulho a essa loucura chamada mundo).
Liberdade e justiça se fazem em palavras nas bocas de seus interlocutores assim como suas idéias favorecem as próprias. Se realmente queremos ver se a pessoa é aquilo mesmo, dê poder a ela.
É hipócrita julgar, mal tenho poder sobre minha própria vida e a pequena parcela que tenho ainda sim faço merda.
Não sei como devo terminar este texto, na verdade comecei a escrever porque não estava fazendo nada. Já dizia minha vó: “cabeça vazia é oficina do diabo” (bem... não tão vazia assim), demônio esse vermelho! Comuna! Vejam só que ironia capitalista essa heim... Repito que não sou comunista. (rs)

ps: Fiz esse texto numa tentativa de escrever duas laudas para Sociologia sobre como fazer a revolução nos dias de hoje. Acabou que não foi esse, na quinta-feira passada estava de bobeira e resolvi escrever enquanto esperava por uma consulta médica. Apresentei-lhes o meu humor de cinco dias atrás cheiro de gírias, emoticons, excessos e esquerdismo... É que eu me empolguei.

4 comentários:

  1. Fantástico!
    adorei o "capetalismo" (risadas)

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  2. sei não, mas pensar assim talvez afaste o problema das nossas mãos.. será que não?
    prefiro pensar que a culpa da desigualdade e da disgraça nao é culpa do tar "capetalismo" (rss) e sim culpa nossa mesmo! nada nos impede de fazer trabalho voluntario, comunitario, etc... a conciencia está em nós... nao no sistema, governo, Estado, patrao, sindicato .......


    ótimo texto!
    bjus

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  3. Na situação em que estamos, é impossivel pensar que é possível acabar com o capitalismo de uma vez. Alguns dos aspectos dele são terríveis mesmo, como a desigualdade social e etc.

    Mas as nossa experiências com o socialismo me fazem pensar que ele só funcionou no papel. Veja o caso de Cuba, China e da extinta URSS.

    O que é necessário é achar um meio termo.

    Não precisamos de tantas coisas superfluas, por favor.

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  4. minha linda, nunca duvidei de seu potencial, mas cada texto que leio me surpreendo ainda mais!!!

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